segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Fez-se da vida uma aventura errante


Este ano descobri que existe uma linha tênue entre a coragem e a idiotice, entre o otimismo e a burrice, entre a razão e o pessimismo, entre a confiança e a desilusão, eu como sempre pulei de um lado e de outro da linha.
Da minha coragem fiz minhas idiotices costumeiras que sempre me levam muito dinheiro e me traz grande azia, descobri a tempo e hoje mantenho meus pés na coragem espero não ir visitar o outro lado tão cedo.
Do meu otimismo cego pulei para a burrice ao desconsiderar todos os fatores que se mostravam tão claros na minha frente logo eu um cara que abomina todo o tipo de auto-enganação me enganei e me deixei levar pelo otimismo exacerbado a confiar demais em mim, nos meus sentimentos e nas outras pessoas, não sei sinceramente se vou conseguir parar de andar em ziguezague por esta linha.
Da minha razão fiz o pessimismo, deturpei a razão, a racionalidade não tem nada a ver em projetar impossibilidades, sim o otimismo me cegou, apliquei a razão para evitar o otimismo, mas daí veio o pessimismo, a razão nos faz enxergar o que é posto, imutável e irrecuperável, devemos usar a razão e nossa racionalidade a fim de projetar um futuro consciente e com boa fundação, se este futuro projetado parece ser impossível você deve usar a razão e a racionalidade para deixá-lo possível, existe uma pequena chance de dar certo? Se sim, basta esforço e racionalidade, se não prove que não, para depois partir para a próxima, portanto, ser racional não é ser pessimista, ser racional é usar razão em prol de sua vida e não para extinguir possibilidades aparentemente impossíveis.
Da minha confiança fiz a desilusão, aprendi que se tratando de pessoas nem tudo é posto, se tratando de sentimentos muito menos, minha impressão que as coisas podiam agüentar qualquer força, não sei talvez eu novamente me iludisse, pensava que era maior era imutável, mas também forcei demais, abusei de minha confiança, fui injusto, injustificável e maldoso, talvez nesta hora estava do outro lado da linha em todas as outras situações, mas isto não justifica, minha sagacidade me cegou e isto é um erro, devemos ser coretos e honestos em todas as situações, na miséria e na fortuna, na doença e no bem estar, se apoiar em burrices para justificar idiotices, é no mínimo covarde e sem qualquer razão, são imorais, ações ruins não são justificáveis por outras ações ruins, os meios não justificam o fim, mas conseguir remover meus erros e consegui entender os porquês de cada erro, aprendi que não posso ser incoerente nas minhas ações, erros são erros, não podem ser usados como bengala para justificar outras ações.
E por fim vou cavalgando o meu Rocinante a procura de minha Dulcinea Del Toboso, lutando contra os moinhos de vento que sempre encontro em minha grande aventura errante.

De repente não mais que de repente

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